Um passo a frente.
Algo rasteja entre os meus pés.
Parecem raízes, saindo de uma cova.
Eu nem se quer olho para baixo,
São as lembranças de você.
Nada que um passo a frente não resolva.
Lembro de quando as lembranças ainda eram algo vivo.
Morreram como flores murchando.
Eu abri uma cova funda para enterrá-las.
Até mesmo chorei sobre o túmulo.
Aos poucos, eu caminho para frente.
Eu não posso mais chorar.
Pois, sei que choro sobre o meu próprio túmulo.
Há tempos você seguiu em frente,
Eu fiquei com as lembranças,
Agora, eu as enterro.