MARANHÃO

Nunca teus beijos foram tantos

Nem menos do necessário

Muito pelo contrário

Foram suficientes

Do teu amor não me espanto

Do teu corpo quente

Pregado ao meu

E quando penso que morreu

Na fria noite te penso

Como uma ferida crônica

Que se vai

E depois volta a tônica

Nunca as lembranças se somem

Somando-se as danças

Dos abraços do desespero

Da falta que me faz teu cheiro

Do beijo no traviseiro

Nunca sei o tanto da distância

Me parece imensa

Como o tamanho da saudade

E quando se vai vaidade

O choro aparece

E no silêncio tudo acontece

O vazio da alma

A esperança se acalma

A solidão sobrevive

Melancolicamente triste

O amor que não existe

E permanece e insiste

A quarenta anos pensar

Isso sim é amar

Lá deixei meu coração

No São Luís, Do Maranhão.

Fred Coelho
Enviado por Fred Coelho em 05/11/2019
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