Entre estações.
No solstício de primavera,
Com o sol sobre a minha cabeça,
Dá tom opaco as cores das flores,
Elas parecem tão vivas e tão sem vida.
Todavia, pode ser que seja eu,
Que aos poucos vou perdendo o brilho nos olhos.
E que após sentir tanta irmandade com o inverno,
Por fim, me tornei alheio a primavera.
Pouco a pouco, sigo sobrevivendo
E sobrevivendo tão bem, que perdi a satisfação por viver,
Fui presenteado com uma rosa ao meio dia,
Não sei mais onde a coloquei.