Dedos entrelaçados

No alto do prédio,

Sentada no parapeito,

Com o vento agitando seus cabelos castanhos,

Ela sentia a liberdade beijando-lhe a face.

Um dia parcialmente nublado,

Ela não se importava com nada.

Pela primeira vez,

Ela só queria pensar no momento presente.

Seu coração era o farol,

Guiando para além das águas turbulentas,

Afastando-a do medo e permitindo-a ser feliz.

Fitou o nada,

Fingindo apreciar a paisagem.

Quando era quem sentava ao seu lado,

Segurando sua mão,

Quem roubava sua atenção.

Observou-o distraído em seus pensamentos,

Com os dedos entrelaçados ao dela.

Ele se virou e sorriu.

E aquele sorriso deu a certeza que estava onde deveria estar.

Sorriu de volta.

Belinda Oliver
Enviado por Belinda Oliver em 01/11/2019
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