Dedos entrelaçados
No alto do prédio,
Sentada no parapeito,
Com o vento agitando seus cabelos castanhos,
Ela sentia a liberdade beijando-lhe a face.
Um dia parcialmente nublado,
Ela não se importava com nada.
Pela primeira vez,
Ela só queria pensar no momento presente.
Seu coração era o farol,
Guiando para além das águas turbulentas,
Afastando-a do medo e permitindo-a ser feliz.
Fitou o nada,
Fingindo apreciar a paisagem.
Quando era quem sentava ao seu lado,
Segurando sua mão,
Quem roubava sua atenção.
Observou-o distraído em seus pensamentos,
Com os dedos entrelaçados ao dela.
Ele se virou e sorriu.
E aquele sorriso deu a certeza que estava onde deveria estar.
Sorriu de volta.