Vem

Eu quero descobrir seus pecados pra depois te perdoar,

Enquanto ouço, a maresia de seu mar,

Vendo tudo novo, numa estrela amarela,

Da cor da caixa, onde você põe a sua vela,

Eu só quero chorar, e depois dizer,

Que mesmo ao meu lado, ainda espero você,

E vivo como um lobo solitário, um poeta, um corsário,

Uma nuvem que não para de chover,

Vem, vem e leva minha a estrela do meu peito,

Finge que me entende uma vez,

E enquanto o sol, durante o eclipse,

Num reencontro às escondidas, jura amor à lua,

Para, e vem me dizer, eu sou só tua,

Vem, e me acorda com pressa, sem me dizer motivos,

Me aperta em seu peito, na sua pele branca,

Enquanto as latas não batem, sem samba no ar,

Finge que me ama, que eu me deixo levar,