SOPRO DE AMOR

Meu amor inefável,
não posso prender-te
num verso ou em rimas,
num poema confiável.

Trazes sabor de vento,
a maciez de nuvens,
e perfume das manhãs.

Doçura a me envolver
de forma inenarrável,
és manto imponderável,
que me abraça e no qual,
sinto-me em meu lugar.

És bolha de sabão,
a proteger a rosa:
que nada lhe pese
nem lhe falte o ar.