Gata perigosa
Dengosa, mimosa e taciturna.
Tão calada, mas tão astuta.
Sabe que me arranha e me assusta,
Com um pequeno beijo na nuca.
Minha gata manhosa,
Porque brinca com as minhas feridas?
Faz-me de um rata inimiga,
Sempre acuada e aturdida.
Faz carinho, e me afasta.
Me dá cheiro, e me desgasta.
Sou uma mera vítima,
das suas garras.
Por isso, entre lambidas e esfoladas,
miados e cantadas,
Busco forças para deixar,
De ser sua caçada.