BRAÇOS QUE ME ENLAÇAM.

Os sons naturais que partem dos meus sonhos, no meio das sombras que se faz erguer, quando um mistério muito asserto vem aparecer e sublevar, por dentro de uma pergunta secreta a nos fomentar. É como querer uma chance para me encontrar nos teus planos, porquanto tudo o que vejo é uma perspectiva, para que a terra inteira esteja aberta e assertiva, como uma primeira lágrima de hialino, que cai em teu rosto cristalino, posto que consinta o anoitecer te esconder.

É como estar face a face em um lugar secreto, sentindo que marquei tua pele com manchas rosadas como um epíteto, mas você sabe que pode sentir-se em um lugar aberto, ou mesmo no mar, como a primeira vez em anos a te encaminhar. É como um tempo sem um lugar, É como uma corrida sem fim, e é como poder te acolitar, e exorar em todos os momentos, esse alvo etéreo que está entre os nossos pensamentos.

Aqui é aonde você sabe o que procura, mas, nunca uma coisa sem propósito, desprovida de graça e brandura, não é como um mundo com um sol em opósito. É sim, um sopitar de ventura, apagando qualquer tristeza a se deslembrar, pois nada é mais do que ela parece, e conforme o sentimento cresce, onde quer que isso possa te levar, vai deixando apenas uma memória a desvelar.

Agora eu já não mais preciso de controle mental, eu preciso de braços ao meu contorno, quando a chuva começa a deixar as folhas sem uma gota lacrimal, como sinal, e as cores da palma se erguerem em teu ritual, eu vou estar contigo no teu retorno.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 22/10/2019
Reeditado em 24/10/2019
Código do texto: T6776270
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