EU CONTINUO TE ALIMENTANDO DE POESIA.

Já me despi de tudo aquilo que eu não era, abandonei todo esse peso, para encarar todos os fatos em que eu dei tudo e nada recebi, e que apenas se tornou um frenesi de espera. Agora, foste tu quem decidiu o que fazer com esse andamento, no momento em que você não o percebeu e o deixou ir sem o menor sentimento.

Já não sinto mais que te desamolgo do meu controle de emoção, que até desacelerei a velocidade em que batia o meu coração, e agora que faço seguir qualquer advertência, como também os sons que permeiam a nossa memoria, e a consciência, ai eu faço dessa história uma ciência, cheio de motivos dentro da minha permanência em tua trajetória.

Também não encontro mais resistência, nessa combinação harmônica dos sentimentos que consigo ter domínio na ação e reação, em todos os seus movimentos ou não. Pois permito agora que Absorvas e te agarre ao que já não te causa medo, só para continuar perseverantemente com as minhas palavras tão docilmente estáveis, porem em segredo, já rebuscadas na tua caligrafia, mas, que estão sempre me reinventando, e te alimentando de poesia.

Quando metade de mim, já está em organização, misturando reação com abstração, é a nossa química que arde, desvela, e faz superar a tua vontade que ficou expressa, sem alarde, porem que descartou toda saudade em revessa, e que de ti já abortou a solução.

Aprender a olvidar é mais importante que recordar, e essa decisão faz engastar a nossa realidade de confiar no improvável, mesmo que inconscientemente nos deixe estável, a absorver as ideias e ideais que nos afasta da mente. Esse conjunto de sinais que nos absorve, e que nos trás ajuda permanente.

É, portanto, por demais necessário repelir a saudade, mesmo malgastando a nossa cumplicidade, para reunir o poder da lembrança, deixando esvaziar os limites do quando, e ir buscando o cicio certo de aliança.

Semelhante quando a propensão é de determinarmos o nosso completo esquecimento da esperança, já que esta nos desperta a dor, ou mesmo que seja apenas por uma indignação, que vem limitar o nosso quinhão de aspiração, ao sonhar, pois, aquela musica que tocou o teu coração, só eu a posso cantar.

Marcus Paes
Enviado por Marcus Paes em 21/10/2019
Código do texto: T6775471
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