Ainda que não tenha dado o livro

Ainda que não tenha dado o livro

Na dificuldade de ler em alemão

Sutil violento no contexto do mundo

Diluídas pelos prazeres da carne

Até aquele momento gritava

Por um orgasmo feminino

Miséria e violência deixada de lado

Embora a abordagem fosse sutil violento

Surge com a premissa de pensar baixinho

Nos moldes desta primeira penetração

Saldar parte de minha loucura bocal

Com lâmpadas fluorescentes em cabeça

Consegue enxergar meu prazer no sonho

Criando os canais da pressão física

Senti-me como um selvagem perdido

Filtradas pelas lágrimas e risos de prazer

Não vejo nada, vê sim, uma borboleta

No meio do seu coração batendo

Aprofunda em camadas de chocolate

Que mantenho seus seios em copo de água

Tudo passa a fazer sentido no seu olhar

Na sua generosidade com suas mãos

Para acariciar minha costa com dor

Do possível clima de amor afetivo

No mundo que quebra-cabeça amoroso

Quero mergulhar na minha dor de luto

Da mulher na capa do livro do mundo

Pequenas pegadas de uma borboleta

Que não tem um lar por amor das árvores

Livro que abre o coração do apaixonado