Fluidez castanha

Tua coluna,

de ossos afiados

a cortar a pouca luz que nos banha,

teus seios

a arfar sob meu toque.

Adormeces sem perceber

sob meus dedos.

Seu fluir castanho

acompanha o teu adormecer.

Minha boca

ainda com teu gosto

mudou teu ritmo

confundiu tua voz.

Meus dedos dançaram em sua pele

e nem minha caneta conseguiu acompanhar

nossos passos.

Meus dedos dançaram em sua pele

e nem minha caneta conseguiu acompanhar

nossos passos.

E enquanto eu seguia os desenhos dos pontos

espalhados pela tua pele,

teus lábios desabrochavam

num hesitar do sorriso,

teus olhos fechados e

nossa respiração se tornando uma.

Eu não pude fechar os olhos

precisava observar nosso colidir,

nosso mesclar,

nosso integrar,

nosso compor