O Nada

Senti a chave e esperei que a porta abrisse.

Apurei os olhos,

preparei a boca para o teu sabor forte

e cobri a nudez para que a não visses logo.

Depois, só uma eternidade pesada.

Ninguém andou os passos para a minha cama,

ninguém me tocou ou acendeu

e a chave que a imaginação me deu não rodou,

nem tu virias assim de onde te escondes.

Edgardo Xavier
Enviado por Edgardo Xavier em 16/10/2019
Reeditado em 16/10/2019
Código do texto: T6771304
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