LILIUM

De longe a observo...

Tão quieta...

Parece distante...

Quero dizer-te:

Tu és meu fascínio

Deleito-me por ti

Oh! Menina colírio!

Vou roubar tu, meu lírio

Para um antídoto

E de ti, fazer uso contínuo

Oh! Menina delírio!

Aproxime-se...

Deste lado também nasce o sol

E corre o rio

Há noite, há plantio

Surgem vaga-lumes, cantam os passarinhos

Venha, minha flor!

Não deixarei te faltar suspiro

Pule a cerca, desvie-se dos espinhos

Só depende de tu teu caminho

Oh! Lindo lilium!

Custa-me sonhar?

Um dia atracarei

Mas... Daqui até lá

Vivo a te esperar

É o que me resta...

Pois não posso te obrigar a me amar

Oh! Pequena flor!

Deixe-me sentir teu calor?

“Baixem as velas!”

Berraria o capitão ao ver teu navio prestes a afundar

Do contrário, com os dedos cruzados:

Pobre marinheiro...

Naufragou em auto-mar!

Pois do amor, não soube desfrutar

Deixando-te morrer por uma flor

Que não sabes desabrochar.

Caroline S Cruz.