flerte

olhava o céu

nuvens, inerte

alvas como papel

cá do cerrado

calado, meu coração

dispensava qualquer termo

numa espera sem ação

um olhar perdido, ermo

pensando só em você

e neste glacê de emoção

o meu sentimento voa

até ti, buscando razão

desta distância atoa

que ao amor maltrata

é dor chata, que dá solidão

aquelas que não cabem

no peito, de tanta aflição

e só os que sentem sabem

como é contramão sentir...

então, venha logo! Não fique por vir!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2019, 14 de outubro

Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 14/10/2019
Reeditado em 31/10/2019
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