Siga o vento
Quando virás beijar meus cabelos
e neles deixar teus lábios prescritos?
A noite é longa e o vento frio.
Meu âmago arde e tu não ouves meu grito.
Quando virás visitar a colina?
Os declives suaves esperam tua canção.
Num pulsar indômito já desejam o infinito
das tuas carícias, do teu querer, da tua paixão.
Ainda que demores e que a noite finde,
sei que virás porque tua carne freme.
Segue o vento e aporta o teu destino
em meu corpo que delira e geme.