ODE FEITA A UMA ROSA.
A sombra do teu remanso vento em calmaria, que se refaz em um traço, pela ácida rosa da profecia, jaz no descanso entre o teu e o meu espaço, e de uma prosa como antologia. Não há acobertado dentro dos olhos um céu inconstelado, nem no papel escrito uma palavra em brocardo, sem a cobertura das asas em volta de uma redoma, ou um idioma aposto em escritura, que se possa escoiçar as tuas aguas pela vertente, na semente que forma o arco do mar, em leve sinal de íris como capitel de um olhar.
Um brilho vem gotejar a luz do dia diante da afazia, uma nostalgia de sombras que se anuncia, pela filosofia que recita e alumia como diamante, e reescreve uma consonante poesia. Este operante viajante que desenha entre os cristais, recita poema em aís, esses que jamais deixarão de ser coruscante, e já apensado nesse claustro sinédrio matizado, adornado de pétalas e prata, melodias em verve serenata, de uma clavilha em pauta de sonata.
Esse som sibilante a resvalar em um acorde sincronizado, no limite do silencio determinado, no teu nome em galhardo, onde pousa os teus pés em algas aromatizantes, em um dilúculo estonteante. E mesmo que se faça intercalar o teu semblante, em um movimento tracejado, onde o circulo é compassado, e o descompasso é refém de um abraço, para que eu te repouse em uma nuvem de algodão, e que o meu sono interminável de solidão, seja uma inspiração, e que possas verter o teu pistilo dentro do meu coração.