Morrerei te amando...
Faremos assim
Vou viajar uns dias
Dias que se sucederão indefinidamente.
Esvaziaremos enfim
Todas as desculpas frias
Frias como o outono que inverna de repente!
Até a saudade ficar costumeira
E nos corações virar só uma brisa.
Lembranças substituídas de toda maneira,
Para que se reponha a paz que você mais precisa.
Ficarás isenta da minha presença
E os teus dias serão mais amenos
E este “amor” que virou em ti, doença
Se resumirá em flashes pequenos
E num certo dia desaparecerá
Como certas fotos que nunca mais se viu
Um alívio n'alma então surgirá:
De um conhecido que um dia partiu!
Aquele retrato grande cheio de promessas
Alguma tia velha levará pra outra cidade
Isso se não for desmontado as pressas
Trocando-se a foto, na necessidade.
E o que restará de uma linda história
No coração de cada um
Resquício pouco de vaga memória
De um certo tempo vivido em comum
Ficará talvez em ti. E talvez em mim
Uma certeza para quem olhar de fora.
Porque não irrigamos o nosso jardim
Veio a erva daninha, flores morreram;
o perfume foi embora!
E de pequenas rusgas
Pequenos desaforos
Falta de respeito
E xingamentos
Morreu enfim.
Um amor de ouro
De Um par perfeito
Transformado em sacramento.
O querer se foi embora.
Mas se depender só de mim,
Não vai ser assim
Morrerei amando
Até o fim,
A ti, minha senhora!