Sem nada...
Sem nada...
Por um bom tempo despi-me de sentimentos,
Andei calada, reclusa em meus silêncios.
Tuas ausências me faziam muito mal,
Olhava tudo a minha volta e lembrava de ti.
Esperei as flores que não chegaram,
O verso prometido virou pó.
Contive minha ansiedade, dei um tempo,
Andei a dedicar-me ao pranto.
Ainda me pergunto onde errei, sim onde?
Sufoquei minha vaidade, fiquei reclusa.
Só a prece me fortalecia...
Um dia despertei em meio a noite fria,
Peito e alma doíam, coração descompassado,
O rosto sorria, e assim me olhando, decretei:
" Será assim hoje e todos os outros dias"
Apaga o choro dizia "meu pai", sorria!
Marilu Fagundes