A fria sensação da perda
Dói
Como lanças pontiagudas perfurando o coração
Arde o peito
Como o gelado vento das montanhas de inverno
Machuca a alma
O espírito e o coração
Esse medo intenso da perda
Fere, sem precedentes, a dura sensação da impotência
O temor pela falta do abraço
E do sorriso soluçado misturado numa voz doce
A iminência da partida é sufocante
Mas também, no lado positivo do amor, cria forças
Retoma laços
Resiste pela força do tempo e da memória
Que se recusa a apagar tantas histórias
Hoje adormeço cansada
Aguardando, ansiosamente, um feroz amanhã
Meu e seu também
Cheio de esperanças, vida, fé e persistência
Esse que te dedico, Vó
Nesse silêncio que me faz amar você em demasia.