VOCÊ NÃO SABE, MAS...

Estou perdendo o ar, estou tremendo com medo de morrer,

Mas em algum lugar em meu passado disseram que isso iria acontecer,

Mas quando você olha os meus lábios a sorrir,

Não sabe que todo dia tenho medo de te perder.

Eu sonho com as estrelas distantes,

Enquanto aguardo que minha consciência e coração sigam constantes,

Um dia após o outro eu aprendo sobre as coisas do amor,

Da mesma maneira que aprendi sobre as doces lástimas da dor.

Nossas almas dispensaram as formalidades deste existir,

Nos entregamos sem proteção acreditando no devir,

Intercedendo para que ao fim ainda sejamos você e eu,

Equilibrando em uma balança aquilo que se perdeu e venceu.

Ainda que eu tenha certeza que isso seja amor,

Todo dia te convido a entrar,

Para não esquecer da sensação do primeiro dia,

Quando abri a porta dessa velha casa para você habitar.

Você não vê esse conflito,

Enquanto o medo conduz meu ar à ausência da paz,

Sua proteção me devolve o fôlego dessa respiração,

E é isso que faz todo dia me sentir vivo quando sinto a pulsação.

Os dias não são iguais,

Mas talvez eu esteja apoiado com essas muletas,

De um lado o medo e de outro a tranquilidade,

E eu sigo querendo que nossos momentos se transformem em eternidade.

O amor me da asas, mas o medo me segura no chão,

O medo me faz mais crítico, mas o amor me regozija em uma canção,

Mas tudo isso, mesmo assim, vale a pena,

Quando em um abraço fazemos de dois, um coração.