Para ela!
Aprecio vossos cenhos,
Como um policial por um caso,
Embriagado do mais ingênuo licor,
Um amor que não é por acaso.
Presto atenção a todo instante,
Sua voz melódica, como um coro sutil.
Seu olhos angelicais e penteado amiudado.
Maquilam seu semblante juvenil.
Droseras e Dioneias, a invejam;
Seu caro e amargo coração intacto,
Faz-me voar como um anjo emplumado,
Seu tentador toque, quase um pacto.
Ser divino, das minhas alvoradas.
Sinto seu corpo ao meu à distância,
Calando-me com sua presença,
Asfixiando-me na mesma instância.
Cubro lágrimas despercebidas,
Insossas como nos dias seguidos,
Penso em minha única saída,
Esqueço dos atos inibidos.