POEMAS CLÁSSICOS E SOBREVIVENTES
Entrego-me inteiramente,
As belezas de quem sou!
Querendo tirar da alma,
As doces sensações das silábicas.
Um jeito necessário e precioso,
Como encontrar a pérola no fundo do mar.
Contemplo a obra simples,
Mas misteriosa, e pesar de eu ter escrito,
Não é nada de minha nobre autoria.
Assim como do Alto existe Deus,
E Ele fez todas as coisas existirem,
Também é Dele as inspirações,
Os sentimentos humanos e,
O Altíssimo quem tomou meus papéis!
Oh, beira-mar a qual anseio estar observando,
Com o tinteiro e a caneta de pena,
Desenhando cada verso nos pergaminhos,
Páginas em branco, mas que deixaram de ser.
Por que será, encanto sublime da face,
A ocultar, hora os sonhos,
hora os imperfeitos traços,
Constantes dentro da mente,
No coração e no hábito da sociedade,
Esta, pelo qual estou inserido,
Vieste sem o cavalo dourado,
Numa história embasada da realidade?
Questiono, pois percebo ao redor,
A inexistência do amor!
Sim, fato do dia a dia,
Que revela o pouco…
Pouco desumanidade presente,
Desconectando-se ao mundo invisível.
Enquanto assumo meus olhos,
Sendo a porta da alegria,
Então, me sentirei vivo,
Sabendo o quanto não foi tempo perdido,
Dedicar-se a pureza dos poemas clássicos,
Sobreviventes da loucura.
Por RICARDO OLIVEIRA EM 01/10/2019.