Conto de fadas

Parte I

No face a Vivi de Pagu me encontrou,

na sua foto de perfil um meme politico postou.

E "Caso". no comentário ela deixou,

Quando Nietzsche lhe apresentei.

Casamos pelo bate papo,

Sem conhecer teu rosto.

Diante do filosofo de bigode disse,

Quando verei minha esposa pela primeira vez?

Terça-feira, no cinema!

Meu nome não é Vivi e de Pagu sou apenas fã.

O homem aranha é testemunha,

que sem expectativa nenhuma te beijei.

Nosso beijo tem química.

Foi a primeira coisa que falei.

A ansiedade bateu e não custa nada perguntar:

Que tal sexta noite, sair e brindar?

Você de preto e curto,

Cabelo longo e ruivo,

Sorriso fácil e olhar puro.

Você uma ninfa, e eu bruto...

As estrelas nos cercavam,

naquele bar de nome astral.

Diante dos 12 signos,

Em teu leão me perdi,

Por favor, não me encontrem,

me deixem aqui.

É muio cedo para querer te ver?

No domingo, o por do sol somos ver!

O ruivo é um mistério,

Como o fogo de deixa cego,

E como o sol da manhã te aquece.

Você de longo e brilhante,

Cabelos presos e cacheados.

Já conheci o leão do teu signo,

e agora me apresentas o peixes, psiciana.

Com um doce te recebi,

Com o vento frio, somos abençoados,

seus braços descobertos, os cobri.

Vamos para um outro lugar?!

Melhor não você respondeu.

Tolo homem,

não devia ter perguntado,

e ariscar perde la.

Depois você me disse,

Que foi ali que te ganhei,

No não recebido com gentileza.

Diante do mar e das estrelas,

Nos vimos apaixonados,

eternizados no ronco do mar.

Parte II

Cantando "Coração de frango",

No pic nique, riamos e sorrimos.

Nando estava certo,

"Pra você guardei o amor que nunca soube dá."

E meu coração questionava

"Por onde andei enquanto você me procurava?"

Juntos a esquerda,

Eu a foice e você o martelo,

Caminhávamos em Multidão pelas ruas.

Gritamos sim a liberdade, gritamos ele não pela cidade.

E no carnaval estávamos sozinhos e cheios de felicidade.

A tarde, o sol competia com teu brilho,

Dançando e cantando com Tim Maia.

Despidos da vergonha,

Regamos nossos corpos,

Com tequila e sorvete,

Então, fizemos poesia.

Não há lugar ali que não

Me lembre do teu carinho,

Do sabor dos teus lábios...

Do ronronar da tua garganta.

Teu cabelo espalhado pelos cantos,

Deixou um rastro, como uma assinatura

da tua presença.

No papel registrei teu corpo,

como um anjo te desenhei,

naquele instante te imortalizei.

No teu ouvido cantava:

"Viver é melhor que sonhar..."

E tua voz no meu ouvido cantava:

"...Eu sei que o amor é uma coisa boa".

Belchior é testemunha em como eramos,

Diferentemente iguais.

A noite te protegia das tuas fobias,

Das temidas arvores da tua faculdade.

Dos terríveis robôs da TV.

Adiante do teu problema com camarão,

me tornei alérgico por opção.

Nos completávamos na filosofia e no direito,

Da arquitetura até a psicanalise do sexo,

Dos desenhos bobos, das piadas sem graça,

Na dança de carimbó, no vinho barato na calçada.

Eramos dois, eramos um...

Parte III

Não tenho o que falar,

Fui encontrado pela pessoa certa,

No momento errado.

Deixei meus traumas do passado,

Me governarem e mesmo amando, deixei ir.

Deixei ir,

E mesmo querendo retornar ao sol

da tua presença.

A razão não me deixa ir,

Amarado pelos pés e fixado no chão.

Amar é um ato de coragem,

por isso os covardes nunca encontram o amor.

Sinto sua falta,

como o céu sente falta das estrelas.

O que vivemos foi musica,

a mais doce das melodias,

que ninguém entedia,

mas todos admiravam.

Do nosso amor restou as lembranças, e da tua voz a

dizer: "Você pode encontrar muitos amores, mas

ninguém vai te amar como eu te amei."

E é bem verdade, que ainda canto para o nosso sofá.

"(Só) pra você guardei o amor.."

Luiz Eduardo Lopes
Enviado por Luiz Eduardo Lopes em 30/09/2019
Reeditado em 30/09/2019
Código do texto: T6757304
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.