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AMOR EM CORDEL
A vida é para ser vivida e não para ser pensada
Os amores, as dores, as angústias
As paixões
Dói em quem sente dor
Dói no matuto, dói nos gentios
Dói no peito comprimido
No indolente frio da madrugada
Aquele que embala o sofrimento calado
Do amante que respira a saudade
De alguém que já foi embora pra nunca mais
Mas o que importa é o amor que tenho
Que não é pequeno nem grande
É apenas amor
Mortal, incondicional, inconsciente, infante
Platônico, atônito, atordoado
Sofro covardemente, suavemente
Respiro aliviado de tanto ardor
Esmurro os pensamentos
Organizo os planos, desfiguro as ideias
Caio em ruína, na esquina do desespero
Me apego no escuro da ignorância
Na esperança do dia acabar bem
E acaba...
Mais uma vez, sem graça!