MONÓLOGO D'ALMA/AMOR E TEMOR

Faz tão pouco tempo que juntos estamos

Mas nossa sintonia comprova o oposto

Parece que em outros tempos já nos amamos

Em outras eras já acaricie o teu rosto

Não busco humana explicação e nem divina

Mas sei o que sinto e o quão feliz estou

Eu vejo a luz do amor através da tua retina

Sem você já nem sei o rumo aonde vou

Se sucedem as estações desde o primeiro olhar

Os dias céleres voam e o primeiro beijo ainda arde

A saudade é o coração dizendo onde quer morar

A música da tua voz mesmo no silêncio me invade

Afloram flores na primavera da gente

Sementes de sentimentos a frutificar

Rebentos de brotos no peito deiscente

Raízes fortificando o que veio pra ficar

Enlace de corpos e de almas tão iguais

Amantes em perfeita cumplicidade

Parece romance de tempos medievais

De amores eternos jurando lealdade

São tantas sensações imersas em meu ser

Pensamentos que veem em dias dispersos

Questões que ainda não sei compreender

Amor e Temor ainda rimam nos mesmos versos

Algumas vezes sinto uma dorzinha lá no fundo

Feito faquinha enferrujada no coração

Então penso em fugir para longe do teu mundo

Por pensar que talvez nele não me caiba não

Outras vezes sinto que nele já estou imerso

Que o tempo há de arrefecer todo temor

Quando no teu abraço eu sinto o universo

Quando no meu peito desfalece de amor!

POETADOAMOR
Enviado por POETADOAMOR em 27/09/2019
Reeditado em 27/09/2019
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