Para Helena
Querida desejada,
escrevo-te versos
— palavras que a enaltecem,
coisas que passaram e acontecem;
versos sinceros e saudosos.
Em mãos pena tintada;
lha digo, pobre namorada:
Que me venceste.
Colocaste-te ao pé de mim.
E, que a despeito dos desencontros,
conseguiste me encontrar, ó aurora celeste.
Querida mais que apetecida
Declaro-te: Omnia vincit amor
— Virgílio se admite a expor
as razões do meu ardor.
E ora tu ainda não te dás por vencida?
Tem pena de mim!
(ANTÓNIO DA GAMA E BRAGA)