O poeta

Um poeta, amante do amor e da água,

Que corre no rio, mas é no mar que deságua!

Fugindo da dor, inundado nas lágrimas,

Da tristeza profunda, que te afoga a alma.

O poeta pôs o seu sonho, num navio em cima do mar,

Depois com as mãos o fez naufragar!

Com as mãos molhadas, das águas do mar,

Levou ao céus, pediu para secar,

Mas o vento manhoso quis apenas,

Seus cabelos, despentear!

Então o poeta pôs se a chorar.

E a noite caiu, trazendo um luar,

Que o enfeitiça no beira-mar,

Deitando-o nas ondas, para se afogar!

Lágrimas, o poeta não tinha mais no olhar,

E com as mãos quebradas, não pode se levantar!