Amar-te
Amar-te, mesmo depois de me ver desfeita,
Foi pedir à vida mais do que ela poderia me dar;
E descuidada, envolvida na ilusão, não fui aceita.
Mas tornei-me forte, mais serena, ao aprender a levantar.
Este amor que vai, no tempo se diminuindo,
Ensina-me que mesmo com noites de insônia que de solidão reveste,
Mesmo em ciladas do destino caindo,
Tenho que te agradecer por toda inspiração que me deste.
Lancei aos teus pés o mais louco dos amores,
E vi morrer a mais doce das ilusões,
Que ironia! Ver-te frio assim, nem um pouco de ternura!
Diante da mais pungente das dores.
Outrora insana acreditava e por isso me entreguei à desventura,
Que enquanto havia um amor esvaindo, outro mais forte viria surgindo...
Louca! A paz nem sempre vem após os tormentos.
A felicidade nem sempre é a redenção por horas infindas de lamentos!