Amor e covardia
Entre o justo e o injusto
Surge o impulso de falar
Coisas que absurdamente
O coração não suporta calar
Faz-se turvo o pensar
Não se engana da sua culpa
Mas prefere o amar
A pensar se a coisa é justa
Prisioneiro na escolha de amar o absurdo
Não se declara culpado
Apenas atrapalhado
Nas ideias que desmontam seu pensar
Sendo apenas poesia
Tem a plena covardia declarada
Em dizer que esse amor
É apenas em palavras
Entre o sol e o luar