Doce veneno

É na boca da noite
Que a lua derrama luz
Pela fresta da janela.
O sonho divide a cama
A mesma que o corpo
Em contorções
Bagunça o lençol
Emaranhado e molhado
Pelos poros
Que pulverizam desejos
Inalados contaminam
O corpo, causam 
Arrepios fatais
E, na fatalidade
Ecoam gemidos
Sufocados
O antídoto é
A junção dos corpos
Sincronizados
Em suaves movimentos
No vai e vem
E ritmos acelerados
Não nos contentamos
Rasgamos desejos
Escorrem orgasmos!