Intimidade
A água é fresca
As mãos são os talheres
E as risadas nunca foram presas
O silêncio prazeroso
A perda de ar
Ninguém conhece medo
Desejamos nos perder
Em cada curva
Em cada esquina
Paramos no tempo pra ver ele correr
As lágrimas caem do rosto
Sempre que quer
O corpo vira casa
Sempre que quer
Em todos os outdoors
Tem bem-me-quer
Plantas que já nem sei o nome espalham-se pela casa
Tem vento preso balançando as cortinas
Querendo sair
Querendo dizer
Querendo contar
Sem se conter