Adeus coração

Desperta dor flamejante

E rasga meu peito com agonia

Noites macabras, cenas cortantes

Agora fazem-se presente sob minha vista

Cruel

Dores e o gosto do fel

Não mel!

Por não ser capaz de ferir também

Caio delirante

Nesta cadeira, com meus dedos

Te vendo aqui comigo em cada instante

E quero eu rasgar ainda mais a minha pele

Te puxar de dentro do meu peito

E mostrar o tamanho do meu medo

Ao encarar o mundo sem ti

E ainda, com a mente delirante

Gritos contidos, verdades marcantes

Pois não foi erro meu ser quem fui

Mas é tolo todo aquele que vive por amor assim

E a grande tragedia é no fim

Ver que o espetáculo quem escreveu foi eu

E que não aguento o fim

Então bestas aladas do céu

Rasguem meu corpo

Me devorem e me tirem daqui

Pois o ultimo pedaço foi levado

Daquilo que me moveu até o fim!