DEZEMBRO
Meus passos sem direcão.
Vou a nenhum lugar.
Falso!
Vou caminho de você.
Local sempre aberto, para mim.
Ali junto ao melhor,
de todos, esconderijo
onde a paz espiritual
junta -se com o prazer
e, um manantial me banha.
Banha- me uma vez.
Duas vezes.
Incontáveis mais e outras,
sem que eu possa
parar o fluxo, apenas consumir.
Vivir com vocês é
estar próximo
aos limites do Bem
à realização varonil,
a loucura desmedida que até dana.
Quando estaré?
Aí, nesse local, em você?
No inverno vindouro,
quem sabe numa ruptura
do tempo na primavera cercana.