COBERTOR DE LUA

Não foi un sonho.

Deitar- me num mar

de sabores, emoções e

cantos pecaminosos nu,

impossível ser sonho.

Posso relatar como o Dalí,

evitando ser obsceno,

mas preciso que chegue

a você minha obra cubista:

"Meu cobertor de lua".

Entre abraços, beijos e

carícias, às miles,

foi subtraído na planície

sua, toda nua, até desaparecer

sem fim.

O branco de seu solo e

as curvas voluptuosas

foram envolvendo o meu eu,

e sem perceber perdi toda

identidade sendo, apenas, acessório.

Nem lembro o final de tudo,

só que foi necessário

navegar para não morrer,

máximo que viver seria

via para mais trafegar.

Ò química de desejos e

amores ardentes,

cuja fórmula conseguiu

que um cobertor de lua cobrisse

minha alma e astro rei de luz.

Angelyto
Enviado por Angelyto em 14/09/2019
Reeditado em 08/10/2019
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