Tua beleza

Tua beleza

A verdade abstrata de teus olhos, que me fisgam como um culpado inocente condenado a viver por teu abraço,

De todos os pecados já pagos e perdoados, não desonera minha sentença de cansaço,

Pois ficar detido a teu amor seria jamais um sacrifício ou um repúdio de minha liberdade,

Ficar presa em teus braços seria somente uma verdade que se cumpre numa mentira feita de sanidade.

Tentei fugir dos céus que me protegem da escuridão que consome o nada e destrói o tudo,

Desse mundo que já não conheço e do que vivo desconheço o amor,

Pairando no desejo de viver somente nos lírios dos campos em harmonia com o universo,

Mas nada irá fazer-me cantar se tudo que vejo é inverso.

Mas dos céus sou viajante e nas trilhas que vivi, vi a beleza em si e somente dela revivi,

Era tu, oh anjo dos céus que voa nesse mundo maldoso e ferido,

Com tua compaixão e bondade, faz de todo pecado uma simples palavra de perdão e fraternidade,

Não sei para onde iria meu coração, mas meu amor por você seria de todas as promessas, minha única verdade.

Tua beleza que embebece o sol de fúria e desejo, que ilumina a lua de compaixão e faz de pedras lampejos,

Achei que meus olhos já tinham visto a beleza, mas enganei-me,

Toda a beleza de todas as coisas sequer se comparam a tua beleza,

Pois somente, te amo, era a única escolha que eu tinha quando meus olhos te fitaram em meu ser, amar-te ou por ti de amor morrer.

Maria Fernanda de Araújo Dantas
Enviado por Maria Fernanda de Araújo Dantas em 13/09/2019
Reeditado em 14/09/2019
Código do texto: T6743879
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