O VERDADEIRO CAMINHO PARA O AMOR.
Parece paradoxal falar que a única forma real da vida, e que vale a pena buscar, chama-se Amor. Muito embora esse intento seja perseguido com louvor a vida inteira, essa maneira não condiz, e não se tem a mínima conceituação da sua importância como agente facilitador, de um momento feliz.
É muito comum encontrar pessoas que buscam a luz do sentimento, porem, que não sabem como conviver com a sua própria escuridão do desconhecimento. É dito que o Amor é cego! Mas, a cegueira é apenas porque não se enxerga a verdadeira essência que existe nele. É dito que o Amor salva! Mas, quase nunca é empregado esse recurso, não se busca nesta fonte inesgotável de ideograma, e a calma para extravasar o Amor por quem se Ama.
Quase sempre o não entendimento, e a não significação de ser plenamente dotado de Amor, é que faz gerar esse desconhecimento, a palavra é compreendida, mas a sua significação na pratica, é a falta da verdade devida. A crença que o Amor é estar sempre junto, olho no olho, mão na mão, expresso apenas o que é físico, materialidade entrelaçada com veneração. Por isso, Amor e ódio andam de mãos dadas.
Como as pessoas são altamente carentes afetivamente, acreditam que só na proximidade da pessoa Amada, justifica que há Amor. Quase sempre as tentativas de suicídio ou o suicídio consumado, se dá através da crença da pessoa que está com carência afetiva, e muito pouco é dos relacionamentos mal sucedidos.
Um afastamento seja por separação ou mesmo por uma convivência não declarada, de uma das partes - mais precisamente dos pais - é que vai se tornando impalpável. Assim, acende-se a luz do perigo, e poucos são os resistentes.
É claro que para se consolidar um Amor “conjugal”, há necessidade de convivência, a troca de carinhos, cuidados, atenção aquiescência etc., mas, isso é um tipo de Amor, que embora não seja “preciso”, é necessário existir. Agora, entre Pais e filhos, irmãos e verdadeiros amigos, isso é dispensável fluir, pois é o Amor perene, ele nunca é fractal, muito menos cioso, ele transcende o tempo e o espaço e chega a ser transcendental.
Perdemos avós, pais, irmãos, amigos, mas não os olvidamos, eles permanecem em nossas lembranças saudosas, sempre de modo terno, que mesmo na ausência física a relação de afetividade não muda, ela permanece sempre honesta, responsável, compassiva e amorosa.
Tem sempre um momento de abandonarmos o labirinto da auto piedade que vem se avizinhar, e isso se apresenta sempre que achamos que uma pessoa deixou de nos facultar o seu Amor. É preciso entender que mesmo distante, o Amor não diminui, nem jamais ele exaure pois ele é o próprio orientador.
Pais não esquecem os filhos, filhos não esquecem os pais. É preciso entender que cada um tem uma vida a seguir, e que ninguém deve viver em função da outra pessoa, seja ela quem for. Os Amores de relacionamentos Amorosos, esses não perenizam, e sua efemeridade logo se apresenta, com algumas exceções é claro, como toda regra.
A distancia vem aguçar os nossos sentidos, pois no Amor dos pais existe sublimidade. Agora, egoísmo, carência, ciosidade, obtusidade, invasividade etc. nunca vão coabitar com a lealdade, honestidade, autenticidade, confiança, simplicidade, no real compartilhamento.
Todo relacionamento ocorre primeiramente através de uma conversação, se tudo bem, é o inicio de uma amizade, que pode vir a se transformar em uma verdadeira unicidade. É isso que a vida nos faz essa apresentação.
Penso que não é preciso procurar um Amor pelo caminho, ele próprio encontrará o caminho para o seu Amor. Você não precisa achar um jeito de Amar, o Amor achará o seu próprio jeito. Nunca desista do Amor... Para que o Amor nunca desista de você.