Simbiose
Não quero em mera quimera de simbiose,
Apenas libertar-me de minha neurose,
Não a definição ortodoxa da psiquiatria,
Mas aplacar em gotejo a minha agonia.
Um belo verso se esconde no alfabeto,
Esquecido sob a sopa de letrinhas,
Embaralhado, perdido, como um sem-teto,
Mal cerzido, faltam-lhe as bainhas.
Eu, que tanto amei, agora, já desisti,
Não do amor, apenas assenti,
Eu, que me entreguei às origens
Mergulhei sem destino em minhas vertigens.
Uma busca inacabada pelo “Eu”
Centelha desabitada do “seu”,
Povoa! aguardada silhueta adorada,
A mente do escriba, antes desabitada.
Como um pêndulo que volta e balança,
Revolve minha arquitetura límbica,
Aquela moça que me faz ser criança,
De meu erigido amor é a única síndica.
A procura se finda, sem conselhos,
Prostrando-me em vão, sem escusa,
Diante da eterna selva de espelhos,
Reflete benfazeja a face de minha musa.
Não quero em mera quimera de simbiose,
Apenas libertar-me de minha neurose,
Não a definição ortodoxa da psiquiatria,
Mas aplacar em gotejo a minha agonia.
Um belo verso se esconde no alfabeto,
Esquecido sob a sopa de letrinhas,
Embaralhado, perdido, como um sem-teto,
Mal cerzido, faltam-lhe as bainhas.
Eu, que tanto amei, agora, já desisti,
Não do amor, apenas assenti,
Eu, que me entreguei às origens
Mergulhei sem destino em minhas vertigens.
Uma busca inacabada pelo “Eu”
Centelha desabitada do “seu”,
Povoa! aguardada silhueta adorada,
A mente do escriba, antes desabitada.
Como um pêndulo que volta e balança,
Revolve minha arquitetura límbica,
Aquela moça que me faz ser criança,
De meu erigido amor é a única síndica.
A procura se finda, sem conselhos,
Prostrando-me em vão, sem escusa,
Diante da eterna selva de espelhos,
Reflete benfazeja a face de minha musa.