Dia desses, disse pra mim mesma que pararia de debruçar os olhos nas copas das figueiras em noites que o vento corta ao meio a alma da madrugada. Que interromperia o jardim e as frestas por onde o perfume penetra a pele e anota recordações sem vírgula nem ponto final.
Disse que deixaria de pegar o velho trem, imaginar as primaveras na janela lateral e a que altura a lágrima ou o sorriso tinge as nuvens do céu ou inunda os cômodos da alma de um azul quase palpável.
Que definitivamente estancaria o teu nome no meu corpo sob a espuma de banho, quando impiedoso invocas o inferno dos dedos e roubas o chão pelo lado de dentro.
Porque não queria mais ouvir os sussurros das vozes, nem contemplar os rostos suspensos nas cerâmicas. Não queria mais a nudez inegociável, nem visitar a loucura dos teus cabelos ou aquelas palavras com gosto a pimenta rosa, que pernoitam o íntimo, dissecam as horas e cegam a saída mais próxima do teu peito.
Mas enquanto tu não vens... não me sei abandonar .
Disse que deixaria de pegar o velho trem, imaginar as primaveras na janela lateral e a que altura a lágrima ou o sorriso tinge as nuvens do céu ou inunda os cômodos da alma de um azul quase palpável.
Que definitivamente estancaria o teu nome no meu corpo sob a espuma de banho, quando impiedoso invocas o inferno dos dedos e roubas o chão pelo lado de dentro.
Porque não queria mais ouvir os sussurros das vozes, nem contemplar os rostos suspensos nas cerâmicas. Não queria mais a nudez inegociável, nem visitar a loucura dos teus cabelos ou aquelas palavras com gosto a pimenta rosa, que pernoitam o íntimo, dissecam as horas e cegam a saída mais próxima do teu peito.
Mas enquanto tu não vens... não me sei abandonar .