Sem Meias Palavras
E quanto a você...
Você desligou.
Disse um monte de coisas,
e depois se foi.
Misturou mentiras
com meias verdades,
alinhavou ilusões
num coração partido.
E quebrou-se,
a si e a tudo quebrou.
Mortificou-se
em seu vivo desconsolo.
E nada mais tendo a dizer,
calou-se.
Fez-se muda,
abandonou as expressões,
Deixou o rosto
lívido de emoções.
Foi castelo de areia
derrubado pela onda do mar.
E cansada de si,
embebedou-se
num ritual de danças.
E assim rodava o corpo,
como se girasse
em torno de um sol.
E no calor indeciso
de seu ventre,
na palpitação
descompassada de seu coração,
ria-se como posseira da alegria,
para depois afogar-se
em suas lágrimas.
E querendo fugir, girava, girava...
Como se quisesse
escapar pela tangente,
como a dizimar
os próprios pensamentos,
num estúpido movimento
onde ficava zonza,
perdendo a objetividade do olhar.
Ferindo o seu poderoso orgulho
para encontrar-se
em sua fragilidade.
Ficando vulnerável,
causando compaixão,
querendo socorro,
mas estando sozinha.
E quanto a você...
Você desligou.
Disse um monte de coisas,
e depois se foi.
Misturou mentiras
com meias verdades,
alinhavou ilusões
num coração partido.
E quebrou-se,
a si e a tudo quebrou.
Mortificou-se
em seu vivo desconsolo.
E nada mais tendo a dizer,
calou-se.
Fez-se muda,
abandonou as expressões,
Deixou o rosto
lívido de emoções.
Foi castelo de areia
derrubado pela onda do mar.
E cansada de si,
embebedou-se
num ritual de danças.
E assim rodava o corpo,
como se girasse
em torno de um sol.
E no calor indeciso
de seu ventre,
na palpitação
descompassada de seu coração,
ria-se como posseira da alegria,
para depois afogar-se
em suas lágrimas.
E querendo fugir, girava, girava...
Como se quisesse
escapar pela tangente,
como a dizimar
os próprios pensamentos,
num estúpido movimento
onde ficava zonza,
perdendo a objetividade do olhar.
Ferindo o seu poderoso orgulho
para encontrar-se
em sua fragilidade.
Ficando vulnerável,
causando compaixão,
querendo socorro,
mas estando sozinha.