Presença
Em meu quarto solitário, sinto-o
mas não o tenho
Me falta suas caricias seus beijos,
sobra volúpias e desejos
Os olhos o procuram, as mãos se
tateiam
Em um abraço próprio, sem corpo
ao meio
Mas que importa e sentir, o saber
o viver enganoso
São coisas de amor a antiga, são
loucuras desordenadas
As quais não queremos perder, sem
saber perdidas estão
Sem menos as ver, o amor vai além
de ti ausente
E ti na ausência se faz presente, onde
não estas eu lhe vejo
Não são os olhos que veem, nem os
Sentidos que sentem
E a magia do amor permanente, que
perdura dentro da gente
Neste ápice de felicidade, clarão da
verdade ilumina a mente
Na sequência de altos e baixos ,segue
a vida cheia de linhas
Para cair em vida, num abismo de dor
Sem presença
ADELE PEREIRA
23/06/19