VIGÍLIA

Durmo na sombra da estante

Dentro do teu Neruda

Na cama onde te deitas

Durmo em silêncio de estrelas

Durmo nas coisas que velas

Sonhando coisas perfeitas

Menino que dorme no homem

Que cuida de tudo o que dorme

Só dorme se o sono venceu

Durmo em teus braços de espera

Nos teus cabelos de seda

No teu corpo de sal e mel

Mas nunca dormem as feras

Que um pesadelo revela

Dorme em mim quem aprendeu

E se durmo enquanto dormes

Sempre acordado em meus sonhos

Quem vela teus sonhos sou eu

Antonio Augusto Biermann Pinto
Enviado por Antonio Augusto Biermann Pinto em 03/09/2019
Reeditado em 03/09/2019
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