EU REGAREI O NOSSO AMOR COM A SEIVA DO MEU CORAÇÃO.
Eu ajoelho o meu coração em tua gratidão, porque a minha vontade é a determinação do meu sentimento, pois eu sei que o Amor termina exatamente como começa, se há pressa, é uma promessa ao seu final, afinal esse não é o verdadeiro, pois esse ligeiro começo e fim, é que traduz um jardim mal cuidado, forjado em malha revessa, ou um fanal sem cintilação, ou mesmo uma compressa de desafeição.
Eu sei que quando se tem um desejo esse provoca ansiedade, e logo dá aquela tremenda vontade de entrega total, e tudo isso é vital, ou é apenas um sinal de paixão, e essa, dura pouco ou quase nada, é como uma pomada para a cicatrização, e isso é a verdadeira justificação. Nada é mais natural que a curiosidade, é a necessidade e o desejo de conhecer o que está em secreto, esse objeto ainda não revelado a sua realidade.
E assim deixasse perder em meio a um turbilhão, uma união de verdade, uma amizade perenal, cordial etc. e tal, de tão natural quanto à confiança, ou na retidão moral. Eu não tenho respostas a duvidas e incertezas, pois a grandeza de um coração, não é medida pela imaginação, mas, pela composição da sua generosidade, e a capacidade de afeição.
Somos como uma faca que risca o chão, na intensão de sua afiação, ou quão uma brasa de carvão, ora para aquecer, ora para fazer uma torrefação, desde que o sopro seja leve, como um cristal de neve em sua composição. E eu via tudo se transformar em meio ao teu olhar, em cada instante preciso, como um aviso de chuva em meio ao mar. Mas, eu só queria pegar na tua mão, aonde eu sentia brotar da minha imaginação, que em nada o nosso Amor se eclodiria para uma recordação, e sim, que eu o regaria perenemente com a seiva extraída do meu coração.