O gosto amargo das cinzas...
Em um passo eu posso alcançar...
O quão longe sempre quis chegar,
Dizer estar satisfeito e com todo respeito...
Poder enfim respirar.
Não é tão simples mover o corpo de lugar...
Quando sua mente parece tão perdida,
Ou em outro ar, tantas frases repitidas...
Que já nem sei se guarda ainda...
Rascunhos das letras que fazia..
Pra tentar conquistar..
Um mero esboço de sorriso,
Que acabe comigo...
Mas que possa me levar pra dançar...
Estou perdendo o juizo,
Que ainda ali na esquina acabei de comprar..
Todo colorido enfeitado com folhas do altar...
Talvez em comprimido eu pudesse mastigar..
Sentir meu corpo moido,
E então não se preocupar com andar...
Rasgo a dentes esta velha carta,
Misturando assim,
Pra ninguém lembrar..
O gosto amargo das cinzas...
Que vêm da onde está.