Sextina do Amor
viva em êxtase uma fração de amor,
faça valer cada paixão do acaso,
mergulhe nesse oceano caótico,
ceda a esse desejo misterioso.
sentimento atemporal e sublime;
luz - deveras enclausurada - humana.
o sopro que é a existência humana
jamais entenderá o que foi o amor.
ela sequer tenta ouvir o sublime
contraponto harmônico entre um acaso
e uma certeza que o misterioso
nos apresenta através do caótico.
a dissonância vinda do caótico
pode surpreender a visão humana.
pois, não mais temer o misterioso
abriria caminho para o amor.
dar a reverência digna ao acaso
proviria o entendimento sublime...
inspirou a poesia mais sublime;
sangrou o perdão no coração caótico;
abençoou alguém através do acaso;
deu uma razão à existência humana;
semente das belas canções de amor,
se fez do belo e do misterioso.
pode até parecer misterioso
falar no passado desse sublime
artístico vital que é o amor...
no presente, ele pode ser caótico
devido à tosca luxúria humana.
o futuro nos trará outro acaso.
para entender o amor, entenda o acaso;
a verdade está no misterioso.
esta prolixa poesia humana
não explica essa santidade sublime,
mas, a pesar de ser um ser caótico,
tentarei pois - em vão - entender o amor...
amor: inerente fruto do acaso;
caótico; vezes misterioso;
sublime e bela santidade humana.