A FÚRIA DOS ABUTRES
Autor :abo
És que repente o azul do céu,
É rasgado pela fúria dos abutres,
Ferozes e faminto...
Numa atitude de sobre vivencia,
Partem para a terra em busca do alimento,
Para saciar a fome.
Olhos atentos a tudo que vêem,
Registrando como fita de cinema toda imagem,
Fotografando tipo digital
Vai gravando a figura de cada ser morto avistado.
Procurando selecionar o prato mais petitoso para sua refeição.
Curioso que sarcasticamente o achado,
Não lhe é muito agradável,
Pois desta vez o único almoço,
Não passa da carcaça de um pobre urubu morto pela dengue.
Revoltados com a tragédia encontrada,
Partem em fúria os abutres,
Numa revoada indigna,
Indo pousar no senado pelo cheiro de carne fresca assando...
Chegando lá, abutre tem mais uma decepção...
Nada de carne assada, só rolou massa ao som das abstenções.
E assim revoam os abutres em fúria.