Conto
Abri meu cérebro
E tentei guardar meu coração
Mas ele se dissolveu em borboletas
Que invadiram meu estômago
Enquanto meu peito era sacudido
Pelo tic tac do relógio
Que retrocedia ao início
Sob as pinceladas
De um quadro
Onde as nuvens choravam
Sob a terra seca
Que já fora oásis
E por um breve momento
Mergulhei no rio
Onde as águas eram doces
Intensa fonte
Onde pude sentir as pétalas
Da espinhosa rosa
Deixada no ontem
Trazida em teus olhos
Cedi meu colo
Cobrindo-te com minhas penas
Formando uma fina ponte
Em nossos estranhos montes