MONÓLOGO DA DESPEDIDA

Terá uma noite, que, ao me deitar,

Tua alma comigo não mais estará

A saudade transcenderá

Os sonhos, que por ti idealizei

Chegará quando, pouco por ti sentirei.

Se foi mero engano do destino

Apresentar-me ao teu sentimento

Só recordação, não serei em nenhum momento

Terás gravado circunstâncias no pensamento

Tatuadas pela saudade, pelo descontentamento.

Mesmo não desejando, saberás dos outros

Que frustrado caminho na solidão

Da ausência de seu amor, seu coração

Tão impregnados em minha emoção

Agora ao leu, sem significado, em vão.

Haverá quando não mais teremos importância

Um ao outro seremos somente consonância

Não mais saberei de ti

E ti não vai querer saber de mim

Porque pouco importa, foi o fim

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

2009, dezembro - Rio de Janeiro

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 27/08/2019
Reeditado em 30/10/2019
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