Aurora
O Sol ilumina... A chuva floresce,
O canto alegra, o sorriso enriquece
Ao que neste mundo permanece...
Ouve-se, vez ou outra, a voz do vento
E tira do relento o mar revolto
Do absorto e voraz pensamento.
O Azulão lentamente o liso voo...
Pousou no topo da montanha
E seu canto de alegria gratuito soltou.
De repente eu menino gritava:
- Lá vem meu pai! Lá vem meu pai!
Caia em seus braços e o amava...
Na selva a relva verde jazia...
No bosque o pavão misterioso
Que garboso com sua pena se encantava...
O Sol ilumina...