Tua morada é dentro de um vulcão
Agora que estás proibido
Aprisionado
Nunca fostes por mim tão desejado
Seu coração bate trancafiado
E já não é convidativo
Como quando nós sentávamos à beira do precipício de nossas vidas
E sabíamos que se pulássemos, seria de mãos dadas
Não te recordas da tua morada?
É dentro de um vulcão adormecido
Tu te derramas em chamas se estás comigo
Somos aneurisma e vastidão
Morte e ressurreição
Um campo florido
Deserto carrasco
Somos planície e penhasco
Ar puro
Fumaça vulcânica
Se me provocas, me liquefaço
Esparrada pelas curvas da tua estrada, sou chuva ácida que corrói o cadeado
Agora estás livre
Apaziguado
E ainda te quero mais
E hei de sempre querer
Posto que amar é não saber entender, que a lava também há de queimar a mim mesma
E posso não sobreviver
Inspirado por T.
@lorydemacedo