SONETO DO AMOR INFINITO
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O tempo serpeia no árduo planeta
murchando da vida seu alto mistério,
e leva pro fundo –no cupo hemisfério-
acordes já frios de erma espineta.
O tempo se mira –soberbo- no espelho
sentindo-se amo da lúgubre dança,
e dele se arreda e treme a criança
a qual desconfia visando o seu relho.
As longas centúrias faminto consome
e cada segundo aperta a grilheta:
-o próprio universo se dobra à sentença.
Mas simples se libra na espera que some
pastando saudades o manso poeta:
-do amor infinito já adverte a presença.
Segue uam interação de Maria Ventania:
O tempo não mata a alma do artista...
o tempo se curva, amor permanece,
existe viagem, do pó à energia,
a alma oculta por fim resplandece!!!!
Mantemos em tudo a nossa essência,
amores vividos ressurgem em nós
queridos amigos são reencontrados
apenas do corpo desatam os nós.