SONETO DO AMOR INFINITO

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O tempo serpeia no árduo planeta

murchando da vida seu alto mistério,

e leva pro fundo –no cupo hemisfério-

acordes já frios de erma espineta.

O tempo se mira –soberbo- no espelho

sentindo-se amo da lúgubre dança,

e dele se arreda e treme a criança

a qual desconfia visando o seu relho.

As longas centúrias faminto consome

e cada segundo aperta a grilheta:

-o próprio universo se dobra à sentença.

Mas simples se libra na espera que some

pastando saudades o manso poeta:

-do amor infinito já adverte a presença.

Segue uam interação de Maria Ventania:

O tempo não mata a alma do artista...

o tempo se curva, amor permanece,

existe viagem, do pó à energia,

a alma oculta por fim resplandece!!!!

Mantemos em tudo a nossa essência,

amores vividos ressurgem em nós

queridos amigos são reencontrados

apenas do corpo desatam os nós.

Richard Foxe
Enviado por Richard Foxe em 18/08/2019
Reeditado em 25/09/2020
Código do texto: T6723376
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